Os ateliers anunciados por Gropius no Manifesto só poderem ser montados pouco a pouco: Gropius teve de enfrentar frequentes dificuldades financeiras. A procura de mestres artesãos também demonstrou ser frequentemente difícil. Durante a Guerra, muitos dos equipamentos dos ateliers foram extraviados ou destruídos. Apenas as oficinas de encadernação, tipografia e tecelagem continuavam a funcionar. A oficina de encadernação Otto Dorfner, que tinha celebrado um acordo com a Bauhaus para a formação de aprendizes.
Gropius e o Concelho dos Mestres controlavam o sucesso e os resultados da formação nos ateliers e introduziam regularmente reformas. Deste modo, por exemplo, o regulamento original que permitia a entrada directa dos estudantes num atelier foi rapidamente considerado como apresentado muitas desvantagens: o consumo de material era demasiado elevado e os resultados insuficientes. Em consequência disse, o Conselho dos mestres decidiu em Outubro de 1920 pela frequência obrigatória do “Vorkurs” de Itten por um período de 6 meses. Só depois de ter sido aprovado é que se podia ser admitido num dos ateliers. “A Bauhaus excluía automaticamente os menos dotados; estes não podiam ficar por um período superior a 6 meses.” A duração do trabalho diário nos ateliers foi aumentado para 6 horas.
Um curso sobre a forma leccionado por George Much e Itten passou a ser obrigatório para os estudantes que trabalhavam nos já ateliers. O desenho técnico foi também introduzido, sendo a teoria ensinada por Gropius e a partica por Adolf Meyer.
O objectivo destas medidas era a combinação das aulas teóricas sobre a forma com o treino pratico nos ateliers, e estabelecendo-se assim, o modelo de ensino bipolar. As aulas paralelas com o artista e um artesão ofereciam aos estudantes a possibilidade de receberem uma educação mais vasta do que o inicio mestre poderia oferecer, produzindo, esboços elaborados do ponto de vista artesenal e artístico. Gropius escreveu mais tarde: “Era necessário trabalhar com dois professores diferentes, pois não havia artesãos com imaginação suficiente para resolver os problemas artísticos, nem artistas com conhecimentos técnicos para se responsabilizarem por trabalhos oficinais. Uma nova geração tinha que ser treinada primeiro, de forma poder a aliar os dois talentos”.
No inicio, os ateliers estavam sobre a influencia de Itten: juntamente com Muche, dirigia os ateliers na qualidade de mestre da forma, excepto a secção de tipografia que estava a cargo de Feininger e a de cerâmica, dirigida por Marcks. Contudo, já no semestre seguinte passou o atelier de escultura de pedra para Schlemmer; Muche tomou a sua cargo a tecelagem, Klee a encadernação e Gropius a carpintaria. Apenas os ateliers de metal, vitrais e pintura moral continuaram a cargo de Itten até Outubro de 1922, altura em que a reorganização diminui a sua influencia.
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